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Sobre Eduardo Fleck

Eduardo Fleck, 30+ anos, Analista de Sistemas.

O que eu aprendi na imigração

Acredito que todos que passam pelo processo da imigração encontram diferentes dúvidas e problemas. Cada situação é única e cada país é único, com suas tradições, problemas e burocracias. Mas, com certeza, todos tentam se preparar para o que está por vir. Talvez alguns mais e outros menos.

Agora com 10 meses de vida fora do Brasil, muitas vezes me pego pensando nas decisões que tomamos e nas informações que nós tinhamos na época. Queria escrever esse texto com as principais coisas que deram certo e que deram errado no nosso planejamento. Talvez isso ajude outras pessoas a acertarem ou a tentarem outra coisa.

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O grande dia da viagem

1. Informações de custo de vida da cidade

A grande preocupação pra nós foi sempre trocar o certo pelo duvidoso, ou seja, dois empregos bons em um lugar que já sabemos o custo de vida, por um emprego certo numa cidade que não conhecemos. Para tentar simular nosso custo de vida em Praga, usei o Numbeo e posso dizer que ele foi muito assertivo. Revisitando os números agora, vejo que eles são muito próximos do que de fato gastamos aqui. Na média, o valor estimado é bem similar ao real.

2. Aluguel

Talvez uma preocupação que não tínhamos antes de chegar aqui. A oferta de apartamentos para alugar até parece grande, mas engana. É díficil conseguir um apartamento em Praga. Conversando com outras pessoas que imigraram pra cá ou para outros países da Europa, me parece que isso é um problema em todas as grandes cidades. Talvez em algumas seja até mais complicado do que aqui. O que nós fizemos foi alugar um AirBNB (Flatio, na verdade) por um mês e durante esse tempo, minha esposa correu atrás de diversos apartamentos até nós fecharmos com algum. E digo que a empolgação com o novo apartamento foi diminuindo a cada dia.

O problema de alugar um apartamento numa cidade em que o aluguel é disputado é a falta de vontade dos donos e dos corretores em atender um estrangeiro. Muito deles não falam inglês,  não confiam em estrangeiros ou é simplesmente mais fácil alugar para um local. Então diversas vezes nem recebíamos retorno dos apartamentos que queríamos visitar. Com o tempo, percebemos que mandar e-mail, mensagem ou SMS era inútil. Quando gostávamos de um imóvel, ligávamos direto para o dono/corretor. Até porque, mais de uma vez perdemos um apartamento em menos de 24 horas.

Minha dica final seria alugar um apartamento temporário por dois meses para ter mais tranquilidade, para conhecer os bairros e “sentir” o mercado imobiliário local.

3. Burocracia

Sempre tive a impressão de que a Europa (desculpa generalizar) era melhor que o Brasil nesse quisito. A verdade é que tudo aqui é burocrático. Poucas coisas você consegue resolver online ou no telefone. E pra ajudar, nos escritórios do governo, poucos falam inglês e se falam, às vezes não o fazem. Por exemplo, quando você é imigrante aqui, precisa avisar o Ministério do Interior sempre que você se mudar de endereço e isso é um problema.

4. Imigrar é caro

Antes da sair do Brasil, fizemos uma lista de gastos que teríamos pela frente e isso foi essencial. O problema é que muitos gastos nós não previmos, como comissão para o corretor do imóvel (1 aluguel, normalmente) e 1 aluguel adiantado como cheque calção para o dono do apartamento. Também tivemos custos com advogados e seguro saúde. Abaixo, a planilha que preparamos com valores orçados e reais.

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5. Visto de trabalho para o cônjuge

Até hoje, nosso maior problema é a falta de visto de trabalho da minha esposa. Quando saímos do Brasil, as informações eram:

  • Qualquer empresa que queira te contratar, pode fazer o seu “sponsorship”;
  • Após 6 meses de moradia na República Tcheca, será possível pedir o visto de trabalho;
  • No pior dos casos, em 1 ano já estará com o novo visto e podendo trabalhar.

A verdade é que nada é tão simples assim. Mesmo com o mercado aquecido (Taxa de desemprego em Praga é menor que 2%), nem todas as áreas tem vagas para “sponsorship”. Além de que o processo é caro, complicado e pode levar mais de 3 meses. É mais fácil achar algum trabalhador no mercado comum Europeu do que fazer o “sponsorship” para as empresas Tchecas.

Para a questão do novo visto, é possível, sim, pedir ele depois de 6 meses. Mas a burocracia e o prazo que o governo dá vão te tomar de 4 a 6 meses. Ou seja, para o cônjuge trabalhar na República Tcheca, só depois de um ano e algum investimento com advogados.

Acredito que isso varie de país a país. O ideal é conversar com o pessoal que já passou por isso e a minha sugestão é procurar as comunidades – de Facebook ou outras redes sociais – de brasileiros que já residam na cidade em que você deseja morar.

6. Falta de crédito e mercado financeiro

Chegando em Praga, não foi complicado abrir uma conta corrente, mas nada de cheque especial ou cartão de crédito. Por muito que esses “produtos” do banco parecem sempre um problema, quando você está longe do Brasil, puxar dinheiro é caro e às vezes leva tempo. O que pode te colocar em situações complicadas. Até você se estabilizar e saber o quando vai gastar no mês e o que pode fazer com o seu dinheiro, você vai precisar de dinheiro do Brasil.

Uma dica aqui é usar o TransferWise, que permite puxar dinheiro do Brasil no mesmo dia. Fique esperto para fazer a transação em um momento que o banco Brasileiro e o banco do país de destino estão “abertos”. Na minha experiência, quando eu faço transações desse jeito, o dinheiro leva 5 horas para ir de uma conta a outra. Em outros casos, pode levar um ou dois dias.

No final das contas, vale a pena imigrar

Entre erros e acertos, vale muito a pena viver essa experiência de imigrar. Se você conseguir fazer isso minimizando os erros, melhor ainda!

Tem alguma dúvida especial? Alguma experiência? Não deixa de perguntar!

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8 Coisas pra fazer em Praga sem turistas

Não crie falsa expectativas. É quase impossível não ir a um local com turístas em Praga. Como toda grande cidade Europeia, eles estão em toda parte. Mas existem alguns locais e algumas atividades que nem todo mundo fala sobre. Segue algumas dicas!

1 – Nature Park Hostivař-Záběhlice

O Hostivař foi uma descoberta no momento certo. Logo que chegamos em Praga, o calor do verão batia recordes e não dá pra substituir a cultura brasileira de ir a praia apenas com sombras de belas árvores no parque. Além de poder tomar um banho de lago, existem vários equipamentos para alugar: wakeboard, stand up paddle, barcos e etc.

O parque é afastado do centro da cidade e você vai ter que caminhar um pouco. A melhor entrada é pela rua “Nad úpadem” com a “K Jezeru” (cuidado, essa rua começa em um lado do parque e termina no outro!), sendo que você pode pegar o metrô vermelho até o fim da linha e um ônibus ou pegar direto algum ônibus. No momento em que escrevo, os ônibus 136 e 175 vão até lá, mas é melhor você confirmar.

2 – Riegrovy Sady

O Riegrovy Sady é o parque do pôr do sol. Uma das coisas mais “Praguenses” é comprar um vinho e ir tomar no parque olhando o sol se pôr. Uma dica, baixe o “Bolt” (Uber Eats etc.) no seu celular e peça uma pizza para entregar na esquina do parque. Também há um bar no meio do parque com cerveja e hot dogs. Não se acanhe, o tcheco leva suas bebidas para todos os parques e eventos. Pode ser vinho, ceva, vodka ou gim, ninguém se importa.

3 – Cerveja no Letná

O Parque Letná não tem nada de “escondido” e você verá milhares de turistas por lá. Na minha opinião, é o parque mais importante da cidade. Mas durante o verão, embaixo do metrônomo, existe um bar que vende snacks e cerveja, além de organizar sessões de cinema e festas. O pessoal sai do trabalho e começa a chegar lá pelas 18h, e fica até depois da meia noite.

4 – Biotop Koupaliště Lhotka

O Biotop Lhotka foi outra maneira que encontramos de matar o calor do verão Europeu. Um pouco afastado do centro, essa piscina natural é muito bonita e os tchecos vão lá para espantar o calor e tomar banho de sol. Tem um bar que vende comidas e bebidas, além de vestiários e banheiros muito bem organizados. A entrada é 100 coroas por pessoa.

5 – Náplavka

Outro local que os “Praguenses” vão após o expediente é a Náplavka, que fica na beira do rio. É legal para tomar uma cerveja nos “barco-bar” ou dar uma caminhada e ver os cisnes que estão sempre por ali.

6 – Stromovka

Stromovka é um dos maiores parques de Praga. É um pouco afastado, mas vale a pena o passeio. Minha dica seria alugar uma bicicleta e ir até lá pedalar ou fazer um piquenique.

7 – Střelecký Island

Střelecký Ostrov é uma ilha muito bonita na frente do Kampa. Muitos eventos acontecem lá, com palco e bar. Mas na verdade você não precisa de um evento para visitar a ilha, diversas pessoas vão lá todos os dias contemplar o rio, tomar um banho de sol, caminhar/correr ou fazer um piquenique. Você pode chegar lá de tramvaj.

8 – Uma partida de Futebol ou de Hockey

Recentemente publiquei um post sobre o futebol em Praga. Lá você pode encontrar as infos necessárias para ir a algum jogo. Outra opção legal são os jogos de Hockey do Sparta Praga. A temporada do hockey thceco vai de setembro até março e você pode encontrar os ingressos à venda no Tcket Portal.

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Futebol em Praga

No dia em que escrevo esse texto, completo 3 meses morando em Praga. Em todas as novidades e experiências, sempre vem a comparação de como é no Brasil e como é na República Tcheca. No futebol não seria diferente.

Em Praga, existem 3 grandes times que se dividem na cidade, mas o grande clássico local é Sparta Praga x Slavia Praga. O Bohemians Praga corre por fora como terceira força. Nos finais de semana de futebol, não existem jogos dos times de Praga no mesmo dia: se um deles joga no sábado, o outro joga no domingo e o terceiro joga fora de casa.

Como ir aos jogos de futebol em Praga?

Dependo do jogo, pode ser complicado conseguir ingresso. Os times tem estádios pequenos e os “sócios” têm ingressos de temporada. Normalmente, os times dão uma semana de preferência para esses “sócios” retirarem os ingressos e depois abrem a venda. Em clássicos, jogos de copa e jogos contra times mais tradicionais da República Tcheca (Baník, Pilsen e etc), fica complicado achar ingresso. O melhor é acompanhar umas 3 semanas antes em sites como o https://www.ticketportal.cz. Dica importante: imprima seu ingresso, não retire no local.

Enquanto escrevo esse texto, o Slavia Praha passa por um dos maiores momentos da vida do clube: com uma semifinal de Copa Europa na temporada passada, agora no grupo da morte na Champions (Barça, Inter e Borussia Dortmund) e invicto no campeonato tcheco, está bem complicado conseguir ingressos para os jogos do clube.

A seguir, minha experiência nos jogos de cada clube.

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O Bohemians é o time mais simpático da cidade. Tem um estádio bem modesto e uma torcida mais alternativa (uma das poucas de esquerda da República Tcheca). Seu estádio é localizado em Praga 10, e é servido por trams e ônibus. Os ingressos são um pouco mais baratos que dos dois outros times da cidade (entre 120 e 300 coroas, ou 20 a 50 reais).

Sua torcida ultra é chamada de Sektor 1905 e fica atrás do único gol que tem arquibancada. A torcida adversária fica na lateral do campo, junto ao gramado, numa posição de dar inveja aos setores “sociais” dos estádios do Brasil.

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Meu primeiro jogo do Bohemians começou inesperadamente com um convite de um colega de trabalho que nem gosta de futebol e que, provavelmente, só vai ao jogo pela cerveja e maconha. Comprei meu ingresso no ticketportal.cz e marquei para retirar o “ingresso no local”. Chegando lá, não havia local para retirar ingresso e ninguém soube me explicar o que fazer (depois descobri que eu precisava ir a um dos pontos de “retirada de ingresso” do ticketportal, todos longe do estádio). No final das contas, perdi a “cerveja pré-jogo” na frente do estádio e acabei comprando outro ingresso “na catraca”.

Dentro do estádio, a sensação era de um jogo importante do interior Gaúcho, com menos de 5 mil pessoas no estádio. No “tobogã” atrás do gol não há cadeiras e os ultras tocam dois “bumbos”. Dentro do estádio, o aleatório mascote “Canguru” acena para as crianças.

Já entrei com a bola rolando e peguei um chopp (45 coroas, algo como 7 reais) e apenas observei as comidas típicas do cenário futebolístico de Praga. No segundo tempo, mais chopp e, agora sim, cachorro quente. No campo, o Bohemians fez um grande jogo contra o FK Mladá Boleslav e ganhamos de 3×0. Consegui, ainda, gravar o golaço de falta do Petr Hronek.

Procurando por mais jogos, vi esse jogo do Sparta contra o Baník e decidi conversar com meu único colega de trabalho que realmente gosta de futebol e torce pelo Sparta. Segundo ele, a torcida do Baník era “muito legal” e seria um ótimo jogo. Essas palavras me convenceram a comprar o ingresso. Gastei 250 coroas (40 e poucos reais) para um setor atrás do gol, que eu imaginei ser o mais próximo dos ultras. Em mais uma falha minha na saga dos ingressos, acabei embaixo dos ultras e quase não pude ver o que acontecia no setor deles.

O acesso ao estádio do Sparta é de longe o melhor da cidade. Atrás do parque Letná (talvez o mais famoso da cidade), você pode chegar lá de tram, ônibus ou metrô. Como a linha que vai até o estádio é a mesma que passa perto da minha casa, decidi pelo metrô (normalmente prefiro andar de tram por aqui). Levei duas Staropramen’s (cerveja da cidade) e curti o movimento da torcida antes de entrar no Generali Arena (conhecido como Letna Stadium, para os antigos).

Na entrada do estádio, conversei com um simpático senhor que vendia bottons de todos os clubes e do Sparta. Ele reconheceu a minha camisa do Inter e me mostrou dezenas de bottons da América do Sul, e a maior surpresa foi ver um da FGF (Federação Gaúcha de Futebol), mas também vi Botafogo, Argentina, Uruguai, Peñarol e outros. Comprei um botton do Sparta na mais pura forma de agradecimento.

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Dentro do estádio, um bom jogo com domínio do Sparta o tempo todo. Tomei uma cerveja (45 coroas) antes do jogo e também no segundo tempo, quando provei mais uma das iguarias da culinária de estádio. A torcida do Baník é realmente “muito legal”. Com bandeiras e pirotecnias que dificilmente se vê nas torcidas visitantes do Brasil. Cantaram e rivalizaram com a torcida do Sparta o jogo todo. No outro dia, descobri que as duas ultras brigaram depois do jogo para a surpresa de 0 pessoas.

Duas semanas antes de ver esse “clássico” da cidade, eu tentei ver Slavia x Sigma, mas não tive sucesso. Como eu não tive problemas comprando o ingresso para o jogo do Bohemians, pensei que poderia chegar lá e comprar o ingresso direto. Pra minha surpresa, os ingressos haviam esgotado na semana anterior e acabei voltando para casa.

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O Sinobo Stadium é muito bonito e novo (foi inaugurado em 2006), vale a pena o passeio. Gostei do modo como deixaram as arquibancadas em “apenas um andar”, no maior estilo paredão. O acesso se dá por tram e ônibus.

Voltando ao “clássico”, fiquei surpreso de ter conseguido os ingressos. Comprei no site do ticketportal.cz umas duas semanas antes do jogo. Chegando ao estádio, percebo que ele não está cheio. Só depois fui descobrir que o Slavia estava com um time todo reserva pois tinha jogado pela “pré fase de grupos” da Champions League no meio da semana. Mesmo assim, o Slavia dominou todo o jogo e o Bohemians não teve chance.

Na arquibancada, olhei o jogo na TS Tribune, que são os ultras do Slavia. Para minha surpresa, os ultras estavam brigados com a torcida do Slavia. Teve briga, cartaz de protesto e metade dos ultras não cantou, ficando de costas para o jogo. Uma vergonha. Conversando com os Tchecos sobre o acontecido, parece que a torcida do Slavia é bem problemática. Coincide bem com o que eu vi no estádio, um grupo de mimados com camisas pretas fascistas.

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Férias na Cidade Maravilhosa e Cabo Frio

Olá Pessoal,

Como sempre, meu tempo tem sido curto para o blog. Na verdade ele tem sido curto para quase tudo.

Hoje quero relatar nossas (minhas e da minha Namorada) férias no estado Fluminense. Passei 10 dias lá, sendo 3 na capital e outros 7 em Cabo Frio.

Compramos nossas passagens de novo pela Webjet. Fizemos uma confusão com os aeroportos, já que nos últimos dias estaríamos em Cabo Frio e poderíamos optar por qualquer um dos dois aeroportos da região, mas acabamos indo e voltando pelo Galeão, que apresentou taxas melhores. Uma dica pra quem vai para a região dos Lagos (Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios e etc) na alta temporada e não quer passar pela capital é a Azul que faz voos durante do verão direto para Cabo Frio!

Com as passagens compradas, começamos a olhar os albergues/hosteis e hotéis da zona sul da capital. Queríamos passar lá entre 2 e 5 dias. Minha prima, que mora em Cabo Frio, nos sugeriu os seguintes albergues: Terrasse Hostel, Stone of the beach, Bonita em Copa/Ipanema e Books Hostel e o Aplauso Hostel na Lapa.

Acabamos optando pelo Bonita, depois de alguma pesquisa na Internet. Não nos arrependemos, o quarto era simples, o pessoal era legal e a localização era perfeita. O Albergue é em Ipanema, 3 ou 4 quadras do mar. Muito boa a localização, com restaurantes bem perto.

Bar em frente a piscina do Bonita Hostel

Chegamos no Rio dia  as 10h da manhã. Pegamos uma Táxi no aeroporto e fomos direto ao albergue em Ipanema. Nosso táxi deu em torno de 60 reais. Chegando lá, deixamos nossas malas no albergue e fomos dar uma volta atrás de um almoço (estávamos famintos!). Depois do almoço, voltamos ao albergue e fizemos nosso Check-In.

Resolvemos que deveríamos fazer os passeios mais concorridos nos primeiros dias, pois seria quinta-feira e sexta-feira. Pensamos que no sábado atrações como o Cristo Redentor e Pão de Açúcar estariam mais que lotadas. Então, saímos no nosso primeiro passeio rumo a segunda opção, deixando o Cristo para sexta de manhã.

Fomos e voltamos de ônibus. O passeio foi ótimo, a vista é linda. Os bondinhos são muito legais. Uma pena que nossa câmera ficou sem bateria bem no meio do passeio… Não deixem de ir lá, a “passagem” do bondinho é em torno de R$ 50 reais.

Os ônibus no RJ são ótimos (comparados com os daqui!). Rápidos (Até demais), inteiros e com ar condicionado. Aqui pago R$ 2,50 para um serviço péssimo, enquanto lá no Rio pagávamos R$ 2,75/2,85 por um serviço bem melhor.

Voltando ao albergue e fomos pela primeira vez a beira-mar tomar um banho, coisa que depois seria um hábito. Todos os dias voltamos pelas 17h para pegar uma praia e um lindo pôr do sol em Ipanema.

No segundo dia, pegamos um café no albergue e seguimos para o Cristo Redentor. Pegamos um ônibus de novo, tudo certo. O Motora até avisa com um “grito” amigável aonde tem que descer para ir ao Cristo.

Chegamos lá e descobrimos que o trem que leva ao cristo já estava com as vendas esgotadas até as 14h (eram 10 da matina!). Ainda, descobrimos que não tem como subir a pé (Não sei porque eu pensava que tinha como). Tivemos que pagar (R$ 25) para umas “vans” (a “nossa” era um carro Zafira) que ficam na soleira do morro e levam até a entrada do “parque”. Um serviço muito ruim, que com certeza deixa os turistas assustados. Na volta tivemos que encarar uma baita fila! Conosco foram dois turistas, um Israelense e outro Australiano. Tivemos que traduzir e explicar a eles o que estava acontecendo, porque eles tinham que pagar aquele dinheiro e que ainda teríamos que pegar outra van e pagar a entrada no parque.

Chegamos na “entrada” do parque: Uma “rua” completamente desastrosa, que não condiz com a grandesa do passeio. Fomos a bilheteria pagar novamente, agora R$ 27 reais e depois nos encaminhamos a fila, que era grande, mas andava rápido. Nosso amigo Australiano perdeu o ingresso do parque e teve que voltar a bilheteria e depois entrar de novo na fila.

Nosso amigo “avishai”, direto de Israel

Depois de mais uma van e alguns dois ou três lances de escada, chegamos ao Cristo. Já quase lotado, mas ainda sim lindo. Valeu a pena o esforço.

Nos dias seguintes, fizemos passeios mais “lights”: fomos ao Forte de Copacabana (muito legal), ao Shopping do Leblon (Bonito), visitamos o centro do Rio, algumas praças e pegamos muita praia.

Uma dica, jantamos no restaurante da Devassa lá em Ipanema. Ótima comida e ambiente. Foi o lugar mais caro que fomos no Rio, R$ 130 para dois. Nos outros dias, comemos subway e coisas do gênero.

No Domingo, pegamos um taxi para a rodoviária (cerca de R$ 40) para irmos a Cabo Frio, aonde minha prima vive.

O ônibus até Cabo Frio custa em torno de R$ 40 reais (viação 1001) e é bem tranquilo. Saímos as 18h e chegamos perto das 21h (Na volta, o mesmo trajeto deu 2 horas!).

Nós já conhecíamos a região (Búzios, Arraial do Cabo e Cabo Frio), mas foi muito bom ficar por lá.

Uma dica é a pousada Acuario, ficamos lá em 2010. Ótima e muito bem localizada. Arraial do cabo é lindo, vale muito a pena conhecer!

Pegamos praia quase todos os dias. Fizemos o passeio de Barco em Arraial (Recomendadíssimo), fomos ao centro comercial de Búzios e também ao centro de Cabo Frio… Tudo muito legal! Deixo algumas fotos pra incentivar a visita.

Espero que tenham gostado.

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Fotos Panorâmicas de Minas Gerais

Belo Horizonte:

Praça do Papa

Mirante

Ouro Preto:

Feirinha

Onde está Felipe, em Ouro Preto

Paisagem

Felipe 2 + paisagem

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